Jornada do Patrimônio - Roteiro Hospitalar

duração: 2h30
distância: 16km
público: Estudantes / Em geral
dificuldade: Leve - Motorizado

sobre o roteiro:

A Jornada do Patrimônio é uma iniciativa do governo do Estado de São Paulo, em parceria com as prefeituras e com o apoio da Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA).
Esse roteiro realizado na edição de 2018, inclui os mais importantes hospitais públicos e privados que fazem parte da história do município de Campinas, são bens tombados e em estudo de tombamento, ricos em história e arquitetura. Visa a difusão e a valorização do patrimônio cultural e ambiental por meio do conhecimento, da reflexão e da educação patrimonial.

Roteiro realizado como parte da programação da Jornada do Patrimônio Paulista 2018.

neste roteiro:

1. Hospital Irmãos Penteado

Hospital Irmãos Penteado

A Irmandade de Misericórdia de Campinas surgiu a partir do idealismo do Cônego Joaquim José Vieira, que sonhava com a fundação de um Hospital que atendesse às camadas mais pobres da população de  Campinas e região. Após uma forte campanha de doações junto aos mais ricos, campanha esta que juntava tanto doações materiais quanto em horas de trabalho dos escravos, era fundado em 1871 o Hospital da Santa Casa de Misericórdia.
Em agosto de 1860, o jovem sacerdote padre Joaquim José Vieira, natural de Itapetininga-SP, foi nomeado vigário (pároco) de Campinas. Nessa época, a cidade contava apenas com a paróquia de Nossa Senhora da Conceição. O padre Vieira, com apenas 24 anos de idade, vinha substituir o padre Antônio Cândido de Mello. Devido à sua estatura franzina, o povo chamava o padre Vieira de “Vigarinho”.
Confiante na generosidade do povo de Campinas idealizou a fundação, nesta cidade, de um instituto que, congregando os esforços das pessoas de boa vontade, viesse a dispensar assistência hospitalar e conforto moral aos pobres enfermos, ideia esta que se lhe tornou uma preocupação constante, até que se concretizasse no imponente edifício a que denominou Hospital de Misericórdia.
Dentre os primeiros donativos, destaca-se o da grande quadra de terreno, onde atualmente se acham a Santa Casa e dependências, oferecida pela respeitável senhora Maria Felicíssima de Abreu Soares, viúva do Comendador Joaquim José Soares de Carvalho.
No dia 19 de novembro de 1871, por entre grande regozijo popular, realizou-se a cerimônia de lançamento da primeira pedra do futuro edifício, cuja construção fora dirigida por Diogo Benedito dos Santos  Prado, mais conhecido por “Dioguinho”. O Dr. Francisco Quirino dos Santos assim remata o artigo de fundo publicado na Gazeta de Campinas, de 19 de novembro de 1871:
“Em quanto aos homens, talvez um dia, compulsando as prédicas do padre Joaquim José Vieira, apontem para o edifício com que ele vai dotar este município, dizendo: – Ali está o seu melhor sermão!”
Para a construção da Santa Casa,  os antigos campineiros ofereceram toda sorte de auxílios, em dinheiro, materiais, operários etc., a que se juntou valioso legado do benemérito Antônio Francisco Guimarães,  nascido em Portugal mas brasileiro adotivo, cognominado “o Bahia”.
A construção da capela que ocupa a parte central do edifício se fizera a expensas do saudoso campinense José Bonifácio de Campos Ferraz (posteriormente Barão de Monte-Mor), no cumprimento de um voto de erigir em Campinas uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Boa Morte, que assim se tornou a padroeira da Santa Casa.
Em 1º de outubro de 1876, o “Vigarinho”, então Cônego Vieira, teve a inefável ventura de ver as portas do Hospital se abrirem de par em par no recebimento de doentes pobres. O povo de Campinas conquistou nesse dia merecido floração de glória em sua nunca desmentida munificência, com a inauguração da Santa Casa de Misericórdia. A direção interna fora então entregue às Irmãs de São
José, de início apenas três, tendo como superiora a Irmã Ana Felicité Del Carreto. O serviço religioso foi confiado ao padre Francisco Quay Thevenon, que durante 12 anos exerceu a capelania com grande desvelo.
A 1ª Mesa Administrativa, eleita no dia 6 de fevereiro desse ano, tinha como provedor o padre Joaquim José Vieira; Bento Quirino dos Santos – tesoureiro; Dr. Luís Silvério Alves Cruz – secretário; Francisco Alves de Almeida Sales – procurador; e doze mesários. O fundador da Santa Casa exerceu a provedoria até 22 de abril de 1883, quando teve de renunciá-la por haver sido eleito Bispo do Ceará. Já nesse tempo, era Superiora da Santa Casa a benemérita Irmã Ana Justina, que durante o longo período de 45 anos, prestou à Instituição os mais relevantes serviços
De sua fundação até 1950, estiveram à testa da administração da Santa Casa, no cargo de provedor: Cônego Joaquim José Vieira (1876-1883); padre Francisco de Abreu Sampaio (1883-1887); Major Antônio Luís Rodrigues (1887-1891); dr. Francisco Augusto Pereira Lima (1891-1893); Bento Quirino dos Santos (1893-1913); Cel. Manuel de Morais (1914-1925); Dr. Antônio Álvares Lôbo (1926-1934); Cláudio Celestino de Toledo Soares (1934-1935); Dr. Lino de Morais Leite (1936-1947); Bento de Sousa Morais (1948-1950). Os maiores legados recebidos pela Santa Casa foram de parte do dr. Joaquim de Sousa Campos Júnior, Dr. Salustiano Penteado, Severo Penteado, Antônio Correia de Lemos e Rafael Gonçalves de Sales, que se tornaram grandes benfeitores da Instituição.
Em meados século passado, os serviços hospitalares achavam-se distribuídos em 4 enfermarias de clínica médica, 4 de cirurgia, 2 de pediatria, 1 de oftalmologia, 1 de otorrinolaringologia, 1 de cardiologia e 2 de tisiologia. Contava ainda com o serviço de assistência dentária gratuita, instalada no pavilhão anexo “d. Ester Nogueira”.
Em pouco tempo a Santa Casa de Campinas mostrou que cumpria com eficiências as funções para as quais fora criada. Entre 1878 e 79 atendeu 337 pacientes, dos quais 220 classificados como brancos pobres, 107 escravos e 10 livres.
No período 1883-1885 o livro de registros indicou o atendimento a 1.410 pessoas, escravos em sua maioria. Como muitos dos doentes pobres, sobretudo os escravos, acabavam morrendo, os criadores da Santa Casa estruturaram outra instituição, destinada a  abrigar órfãos.
Assim, em 15 de agosto de 1878,  foi criado o Asilo das Órfãs. Depois de funcionar precariamente como externato, o Asilo, a partir de 15 de Agosto de 1890, passou a abrigar meninas em regime de internato. Note que essa data coincide com o auge das epidemias de febre amarela na cidade.
Desde sua inauguração, o funcionamento foi ininterrupto, abrigando um limite de 60 órfãs, conforme era pedido pelo seu regulamento. A Capela Nossa Senhora da Boa Morte foi tombada em 1988 e, dez anos depois, o prédio da Santa Casa também foi tombado pelo patrimônio histórico e cultural de Campinas.





















2. Vera Cruz Casa de Saúde Campinas

Vera Cruz Casa de Saúde Campinas

No fim do século XIX, precisamente em 1881, um grupo de imigrantes italianos sentiu a necessidade de melhorias para a comunidade em Campinas, sendo elas destinadas à educação e à saúde. Para sanar tais carências foi concebida uma escola e uma casa de caridade, o Circolo Italiani Uniti. Posteriormente, o local se tornaria um centro recreativo, cultural e beneficente para atender os filhos e conterrâneos da Itália.
Dessa forma, uma reunião realizada no Teatro São Carlos oficializou a fundação da Sociedade Italiana em Campinas, no dia 17 de abril de 1881, expandindo novas perspectivas e horizontes para o Circolo Italiani Uniti.
 Atendendo pedidos da Diretoria do Circolo, em 10 de junho de 1884, a Câmera Municipal de Campinas concedeu uma área, localizada na Praça Riachuelo, para o início das obras do hospital e da escola. Meses depois, a pedra fundamental da sede própria foi lançada, a partir do projeto idealizado pelo engenheiro Samuele Malfatti e com a valiosa colaboração do renomado engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo. Mesmo em obras, e já repleto de histórias, o prédio começou a ser usado como sede oficial do Circolo Italiani Uniti.
 Após anos difíceis com os males da febre amarela, e posteriormente com os efeitos avassaladores da gripe espanhola, os italianos continuavam inspirados e motivados a tornar o Circolo um verdadeiro hospital.
 Em 1938, os efeitos da guerra chegam ao país, obrigando o Circolo, por força do Decreto de Lei nº 383, da República Brasileira a alterar seus estatutos e medidas para não fechar suas dependências. Dessa forma, em 20 de setembro de 1942, o Circolo realizou uma assembleia geral, destinada a fundar uma sociedade civil, com fins filantrópicos, para constituir na cidade um hospital brasileiro, chamado Casa de Saúde Campinas, em homenagem à cidade.
 Hoje, a Casa de Saúde Campinas é um hospital completo, reconhecido e respeitado nacionalmente por sua história de sucesso na saúde de Campinas, além de ser pioneiro no transplante renal no interior do Estado de São Paulo.

3. Hospital Beneficência Portuguesa

Hospital Beneficência Portuguesa

Fundado em 29 de Julho de 1870, o Hospital Beneficência Portuguesa acompanha a evolução tecnológica na área médica. Foi um dos primeiros a usar a hidroterapia (1882), a iluminação a gás (1885) e Raios X (1898). 
A sede atual, projetada em 1930, por Ricardo Severo, reporta-se a referências do estilo neoclássico e barroco do repertório de tendências do ecletismo na arquitetura no século XIX. 
Foi feita uma reforma nas alas laterais e demolida a parte central do edifício existente, onde havia uma torre com relógio, construída em 1896. Na ocasião, construiu-se também o Pavilhão Barbosa de Barros no piso superior do corpo central do edifício, como resultado da ampliação do programa que englobou sala de cirurgia, administração, biblioteca, elevadores, apartamentos com banheiro, enfermarias, salas de curativos e de isolamento, estufa para descontaminação, entre outros espaços hospitalares. 
Na área externa principal foi feito o calçamento com mosaicos alusivos às navegações portuguesas - a caravela com a cruz de Malta e, no gradil do portão, o globo anilar –, que representam a grandeza do povo português na Era dos Descobrimentos.

Processo de Tombamento n°008/01 - Hospital Beneficência Portuguesa - Resolução n° 064/06

https://www.facebook.com/hospitalrspb/

4. Antigo Hospital Coração de Jesus

Antigo Hospital Coração de Jesus

Ao todo são 3,6 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 7,5 mil metros quadrados. O prédio que abrigou o antigo Hospital Coração de Jesus está desocupado há mais de 10 anos e é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc).

5. Instituto Penido Burnier

Instituto Penido Burnier

Em 1907 Dr. João Penido Burnier fazia sua primeira viagem de estudo à Paris, onde já formado, idealizava seu Instituto no Brasil. Em 1910 ao se estabelecer em Campinas/SP, como médico da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, vislumbrou a aproximação de seu grande sonho – o Instituto Oftálmico de Campinas, que fundou em 1920, e que recebe o nome de Instituto Penido Burnier (IPB) desde 1923.
Já em 1927, foi fundada a Associação Médica do Instituto Penido Burnier, com o intuito de se promover o encontro entre as atividades médicas e científicas do hospital.
Data de 1932 a primeira publicação dos Arquivos do Instituto Penido Burnier, uma das mais antigas revistas da especialidade.
O Instituto também participou na criação da Faculdade de Ciências Médicas de Campinas, cuja aula inaugural foi ministrada em 1963 pelo Dr. Antônio Augusto de Almeida, seu primeiro diretor e oftalmologista do IPB. Durante muito tempo Dr. Almeida participou daquela, que se transformaria numa grande universidade, a UNICAMP.
Conhecido como o hospital que atende casos complicados, o IPB se tornou uma referência ao longo dos anos. Por ali já passaram pessoas ilustres como presidentes, governadores e embaixadores, que naturalmente proporcionaram fama e projeção ao Instituto.
O Instituto Penido Burnier é um hospital especializado em doenças dos olhos desde 1920. Oferece através de seu corpo clínico especializado em oftalmologia, consultas, exames complementares e tratamentos, sejam clínicos, a LASER ou cirúrgicos, aplicáveis às diversas patologias oculares. O principal edifício de seu conjunto arquitetônico tem 7 andares, localizado na Av. Andrade Neves, n. 683, em Campinas/SP. Ocupando uma área total de quase 10.000 m2.
Há uma outra entrada no hospital, na qual localiza a recepção de consultas, e fica situada à Rua Dr. Mascarenhas, n. 249.
O primeiro andar da edificação é ocupado pelas recepções central e de consultas, arquivo, Excimer Laser, biblioteca, anfiteatro, lanchonete, sala de consulta de emergência bem como consultórios médicos. No segundo andar estão localizados a secretaria de procedimentos/internação hospitalar, sala de adaptação de lentes de contato, salas de exames, centro cirúrgico, laboratório, sala de avaliação pré-anestésica, além de consultórios médicos. No terceiro andar, além de estar ocupado também por consultórios oftalmológicos, é onde se situam as enfermarias e quartos, bem como a parte administrativa do hospital e refeitório de funcionários. No último andar do edifício está localizada a capela e o museu da Oftalmologia. Os demais andares do edifício estão à disposição de outras áreas médicas.
O Instituto atende em média 4.000 consultas por mês, com 350 cirurgias ao mês, tendo capacidade para internação de 20 leitos.
Parte do prédio é tombado pelo CONDEPACC, processo Nº 31/08


6. Cândido Ferreira

7. Santa Casa de Misericórdia de Campinas

Santa Casa de Misericórdia de Campinas

Nome popular: Santa Casa
Identificação Original: Santa Casa de Misericórdia de Campinas
A Irmandade de Misericórdia de Campinas está sediada no charmoso bairro do Cambuí, em Campinas, no ponto mais nobre da Região Central da cidade.
Nossa História : A Irmandade de Misericórdia de Campinas surgiu a partir do idealismo do Cônego Joaquim José Vieira, que sonhava com a fundação de um Hospital que atendesse às camadas mais pobres da população de  Campinas e região. Após uma forte campanha de doações junto aos mais ricos, campanha esta que juntava tanto doações materiais quanto em horas de trabalho dos escravos, era fundado em 1871 o Hospital da Santa Casa de Misericórdia.
Em agosto de 1860, o jovem sacerdote padre Joaquim José Vieira, natural de Itapetininga-SP, foi nomeado vigário (pároco) de Campinas. Nessa época, a cidade contava apenas com a paróquia de Nossa Senhora da Conceição. O padre Vieira, com apenas 24 anos de idade, vinha substituir o padre Antônio Cândido de Mello. Devido à sua estatura franzina, o povo chamava o padre Vieira de “Vigarinho”.
Confiante na generosidade do povo de Campinas idealizou a fundação, nesta cidade, de um instituto que, congregando os esforços das pessoas de boa vontade, viesse a dispensar assistência hospitalar e conforto moral aos pobres enfermos, ideia esta que se lhe tornou uma preocupação constante, até que se concretizasse no imponente edifício a que denominou Hospital de Misericórdia.
Dentre os primeiros donativos, destaca-se o da grande quadra de terreno, onde atualmente se acham a Santa Casa e dependências, oferecida pela respeitável senhora Maria Felicíssima de Abreu Soares, viúva do Comendador Joaquim José Soares de Carvalho.
No dia 19 de novembro de 1871, por entre grande regozijo popular, realizou-se a cerimônia de lançamento da primeira pedra do futuro edifício, cuja construção fora dirigida por Diogo Benedito dos Santos  Prado, mais conhecido por “Dioguinho”. O Dr. Francisco Quirino dos Santos assim remata o artigo de fundo publicado na Gazeta de Campinas, de 19 de novembro de 1871:
“Em quanto aos homens, talvez um dia, compulsando as prédicas do padre Joaquim José Vieira, apontem para o edifício com que ele vai dotar este município, dizendo: – Ali está o seu melhor sermão!”
Para a construção da Santa Casa,  os antigos campineiros ofereceram toda sorte de auxílios, em dinheiro, materiais, operários etc., a que se juntou valioso legado do benemérito Antônio Francisco Guimarães,  nascido em Portugal mas brasileiro adotivo, cognominado “o Bahia”.
A construção da capela que ocupa a parte central do edifício se fizera a expensas do saudoso campinense José Bonifácio de Campos Ferraz (posteriormente Barão de Monte-Mor), no cumprimento de um voto de erigir em Campinas uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Boa Morte, que assim se tornou a padroeira da Santa Casa.
Em 1º de outubro de 1876, o “Vigarinho”, então Cônego Vieira, teve a inefável ventura de ver as portas do Hospital se abrirem de par em par no recebimento de doentes pobres. O povo de Campinas conquistou nesse dia merecido floração de glória em sua nunca desmentida munificência, com a inauguração da Santa Casa de Misericórdia. A direção interna fora então entregue às Irmãs de São
José, de início apenas três, tendo como superiora a Irmã Ana Felicité Del Carreto. O serviço religioso foi confiado ao padre Francisco Quay Thevenon, que durante 12 anos exerceu a capelania com grande desvelo.
A 1ª Mesa Administrativa, eleita no dia 6 de fevereiro desse ano, tinha como provedor o padre Joaquim José Vieira; Bento Quirino dos Santos – tesoureiro; Dr. Luís Silvério Alves Cruz – secretário; Francisco Alves de Almeida Sales – procurador; e doze mesários. O fundador da Santa Casa exerceu a provedoria até 22 de abril de 1883, quando teve de renunciá-la por haver sido eleito Bispo do Ceará. Já nesse tempo, era Superiora da Santa Casa a benemérita Irmã Ana Justina, que durante o longo período de 45 anos, prestou à
Instituição os mais relevantes serviços.
De sua fundação até 1950, estiveram à testa da administração da Santa Casa, no cargo de provedor: Cônego Joaquim José Vieira (1876-1883); padre Francisco de Abreu Sampaio (1883-1887); Major Antônio Luís Rodrigues (1887-1891); dr. Francisco Augusto Pereira Lima (1891-1893); Bento Quirino dos Santos (1893-1913); Cel. Manuel de Morais (1914-1925); Dr. Antônio Álvares Lôbo (1926-1934); Cláudio Celestino de Toledo Soares (1934-1935); Dr. Lino de Morais Leite (1936-1947); Bento de Sousa Morais (1948-1950). Os maiores legados recebidos pela Santa Casa foram de parte do dr. Joaquim de Sousa Campos Júnior, Dr. Salustiano Penteado, Severo Penteado, Antônio Correia de Lemos e Rafael Gonçalves de Sales, que se tornaram grandes benfeitores da Instituição.
Em meados século passado, os serviços hospitalares achavam-se distribuídos em 4 enfermarias de clínica médica, 4 de cirurgia, 2 de pediatria, 1 de oftalmologia, 1 de otorrinolaringologia, 1 de cardiologia e 2 de tisiologia. Contava ainda com o serviço de assistência dentária gratuita, instalada no pavilhão anexo “d. Ester Nogueira”.
Em pouco tempo a Santa Casa de Campinas mostrou que cumpria com eficiências as funções para as quais fora criada. Entre 1878 e 79 atendeu 337 pacientes, dos quais 220 classificados como brancos pobres, 107 escravos e 10 livres.
No período 1883-1885 o livro de registros indicou o atendimento a 1.410 pessoas, escravos em sua maioria. Como muitos dos doentes pobres, sobretudo os escravos, acabavam morrendo, os criadores da Santa Casa estruturaram outra instituição, destinada a  abrigar órfãos.
Assim, em 15 de agosto de 1878,  foi criado o Asilo das Órfãs. Depois de funcionar precariamente como externato, o Asilo, a partir de 15 de Agosto de 1890, passou a abrigar meninas em regime de internato. Note que essa data coincide com o auge das epidemias de febre amarela na cidade.
Desde sua inauguração, o funcionamento foi ininterrupto, abrigando um limite de 60 órfãs, conforme era pedido pelo seu regulamento. A Capela Nossa Senhora da Boa Morte foi tombada em 1988 e, dez anos depois, o prédio da Santa Casa também foi tombado pelo patrimônio histórico e cultural de Campinas.

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